PARNASIANISMO
O parnasianismo valoriza a ciência e suas características são parecidas
com as do realismo, diferente do realismo suas formas de expressão são
representados por poesia.
O parnasianismo iniciou-se no final do
século XIX e no inicio do século XX, esse movimento poético foi criado na
França. Por causa de uma antologia, Parnasse
Contemporain, publicada em 1866, essa publicação incluía poema de T. Gautier,
de Lecomte de Lisle e outros. Esses poemas revelavam gosto da descrição nítida,
metrificação tradicional, preocupação formal e um ideal de impessoalidade. A
poesia parnasiana apresentou dificuldades na definição de seu marco inicial, à
data que marca o fim de seu domínio absoluto, parece não haver polêmicas.
Parnasianismo no
Brasil
O Parnasianismo tem seu
marco inicial com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias, em 1882.
Contudo, Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Raimundo Correia também auxiliaram
a implantação do Parnasianismo no Brasil.
A partir de 1890, o Simbolismo começou a superar o Parnasianismo. O realismo
classicizante do Parnasianismo teve grande aceitação no Brasil, graças
certamente à facilidade oferecida por sua poética, mais de técnica e forma que
de inspiração e essência. Assim, ele foi muito além de seus limites
cronológicos e se manteve paralelo ao Simbolismo e mesmo ao Modernismo em sua
primeira fase.
O prestígio dos poetas
parnasianos, ao final do século XIX, fez de seu movimento a escola oficial das letras no
país durante muito tempo. Os próprios poetas simbolistas foram excluídos da Academia Brasileira de Letras, quando esta se constituiu, em 1896. Em contato com o Simbolismo, o Parnasianismo deu lugar,
nas duas primeiras décadas do século XX, a uma poesia sincretista e de transição
Características do Parnasianismo:
- Objetividade no tratamento dos temas abordados. O
escritor parnasiano trata os temas baseando na realidade, deixando de
lado o subjetivismo e a emoção;
- Impessoalidade: a visão do escritor não interfere na
abordagem dos fatos;
- Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é
valorizada por sua beleza em sí e, portanto, deve ser perfeita do ponto de
vista estético;
- O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe
gramatical em suas poesias, buscando tornar as rimas esteticamente ricas;
- Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto;
- Temas da mitologia grega e da cultura clássica são muito frequentes nas poesias
parnasianas;
- Preferência pelos sonetos;
- Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas
poéticas é usado em cada verso;
- Uso e valorização da descrição das cenas e objetos.
Autores e
Obras
- Alberto de Oliveira. Obras principais: Meridionais
(1884).
- Raimundo Correia. Obras principais: Primeiros
Sonhos (1879.
- Olavo Bilac. Obras principais: Poesias
(1888), Crônicas e novelas (1894).
- Francisca Júlia. Obras principais: Mármores
(1895).
- Vicente de Carvalho. Obras principais: Ardentias
(1885).
Um Beijo
Foste o beijo melhor da minha vida,
Ou talvez o pior...Glória e tormento,
Contigo à luz subi do firmamento,
Contigo fui pela infernal descida!
Morreste, e o meu desejo não te olvida:
Queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
E do teu gosto amargo me alimento,
E rolo-te na boca malferida.
Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
Batismo e extrema-unção, naquele instante
Por que, feliz, eu não morri contigo?
Sinto-te o ardor, e o crepitar te escuto,
Beijo divino! e anseio, delirante,
Na perpétua saudade de um minuto...
SIMBOLISMO
O simbolismo representa
uma ruptura artística radical com a mentalidade cultural do
Realismo-Naturalismo, buscando fundamentalmente retomar o primado das dimensões
não-racionais da existência.
Simbolismo em Portugal
O período compreendido
entre l890 a l9l5 foi marcado por um aglomerado de correntes literárias e
pensamentos, mostrando, por um lado a dissolução de valores tradicionais e por
outro a procura de novos rumos para superar o estado calamitoso em que se
encontravam as letras portuguesas.
O Simbolismo convive com o Realismo que junto caminha com um Naturalismo adoentado, já que em Portugal esta corrente quase não existiu.
O Simbolismo convive com o Realismo que junto caminha com um Naturalismo adoentado, já que em Portugal esta corrente quase não existiu.
Portugal passou por
crise econômica entre os anos de 1890 e 1891, descrédito em sua monarquia e
assim como ocorrera com o Simbolismo brasileiro, a literatura simbolista
portuguesa foi influenciada pela França, berço do Simbolismo. Nesta época surge
o grupo “Os Vencidos da Vida” formados por Eça de Queirós, Guerra
Junqueira e outros escritores que tinham uma visão depressiva e melancólica da
realidade.
Principais características do Simbolismo
· Retorno à segunda fase romântica que ficou conhecida como
mal do século. No entanto, o Simbolismo foi mais profundo no universo
metafísico do que a geração marcada por Álvares de Azevedo.
· Apesar da métrica definida, o Simbolismo desrespeitava a
gramática com o intuito de não limitar o artista.
· Atenção exclusiva ao “eu”, explorando-o através de uma
linguagem pessimista e musical, de modo que a carga emotiva das palavras é
ressaltada. A poesia é aproximada da música pelo uso de aliterações.
Principais autores do período
Camilo Pessanha (1867-1926)
Raul Brandão
O Simbolismo no Brasil
Iniciado oficialmente em 1893, com a publicação
de Missal (prosa poética) e Broquéis, de Cruz e Souza, considerado o maior
representante do movimento no país, ao lado de Alphonsus de Guimarães, o
Simbolismo brasileiro, segundo alguns autores, não foi tão relevante quanto o
europeu. Em outras palavras, não conseguiu substituir os cânones da literatura
oficial, predominantemente realista e parnasiana.
Por outro
lado, entretanto, pelas mesmas características mencionadas, as manifestações
simbolistas no Brasil, especialmente no Sul, terra de Cruz e Souza, possuem uma
aura de "seita", com verdadeiras sociedades secretas cujos ritos,
jargões e nomes sugerem os traços essenciais do movimento (por exemplo:
"Romeiros da Estrada de São Tiago", "Magnificentes da palavra de
escrita", etc).
Movimento de
cunho idealista, o Simbolismo teve que enfrentar no Brasil a atmosfera de
oposição e hostilidade criada pelo Zeitgeist realista e positivista dominante
desde 1870. O prestígio do parnasianismo não deixou margem para que se
reconhecesse o movimento simbolista e avaliasse o seu valor e alcance, tão
importantes que a sua repercussão e influência remotas são notórias em relação
à literatura modernista. O Simbolismo foi abafado pela ideologia dominante e os
adeptos do simbolismo sofreram sob forte oposição.
Principais Artistas:
Cruz e Sousa
Alphonsus de Guimaraens
Lágrimas
Ocultas
Se me ponho a
cismar em outras eras
Em que rí e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi outras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Em que rí e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi outras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Integrantes do grupo: Alecsander Ribett, Emilly Cabral e Igor Freitas.
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